Bastidores - Gazeta de Limeira

Tá errado e daí?

Outro episódio envolvendo aluno e universidade ganhou repercussão na mídia essa semana. Depois de Geisy Arruda com a Uniban, agora é a vez de uma aluna não identificada do curso de Direito da FAAP que se “pegou” com a professora em sala de aula por causa de um celular. Parece pouco, mas mostra bem uma situação onde tudo começou errado. A aluna em horário de prova manipulando o celular. É um tanto quanto abusivo, para dizer o mínimo. Quem é professor sabe bem que através de um aparelho celular hoje é possível obter e trocar informações em questão de segundos. Portanto nada mais inadequado que utilizar o celular dentro da sala de aula, mesmo porque não é local para isso, independente da prova. A professora por sua vez exagerou ao enfrentar a aluna para pegar seu celular e tentar verificar o que ela fazia. Claro que, devido as circunstância, a intenção seria flagrar a aluna talvez recebendo informações sobre a prova através do celular e não saber de sua vida particular. Mas de qualquer forma estamos vivenciando ou melhor testemunhando situações que poderiam ser evitadas se o bom senso imperasse. Geisy poderia ter deixado o micro vestido pink para mais tarde, na hora da balada. Mas nem de longe o vestido seria motivo justificável para que estudantes universitários possam agredir alguém. E a estudante de direito, poderia ter desligado o celular, pelo menos em horário de prova. E a professora poderia simplesmente ter pedido que a aluna se retirasse da sala com seu celular, privando-a de fazer a prova, resolvendo administrativamente isso depois. A intolerância e o desrespeito as regras tem sido uma constante, gerando conflitos e situações embaraçosas para todos os lados. “Tá errado e daí?”. São atitudes típicas de jovens impetuosos e que se acham donos da verdade e da situação. A vida ensina e as vezes da forma mais dolorida. É uma questão de tempo.