segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A mesmice eleitoral

Entra eleição, sai eleição, a conversa é sempre a mesma. Ao ver alguns poucos programas eleitorais gratuitos é fácil constatar que a conversa não muda. Chega nessa época, todos são os salvadores da pátria, donos de moral e bons costumes. Os discursos se repetem em palavras diferentes. “Vou trabalhar em nome do povo”, “vou criar mais empregos e diminuir carga tributária atraindo novos investimentos”, “minhas prioridades são a saúde, segurança e educação”, “se você quer mudança vote em...”. Daria para citar centenas de frases feitas quando se trata de campanha eleitoral. E para não fugir do habitual, temos o desespero dos adversários em curso de derrota, que se aproveita de todo e qualquer assunto para atacar o outro candidato, valendo para tanto rebaixá-lo a bandido. Claro que estou me referindo a José Serra (PSDB). Talvez ele ainda não tenha percebido, mas sua história, ao menos por enquanto, não faz o menor sentido, considerando que inexiste qualquer indício de envolvimento de Dilma Rousseff (PT) na quebra de sigilo tendo como vítimas pessoas ligadas ao ninho tucano. Os discursos de Serra estão cansativos e para ser mais clara, já não fazem sentido, considerando que ele permaneceu como governador durante quase quatro anos e tudo o que ele diz agora, poderia ter sido feito nesse tempo. Por que os eleitores acreditariam novamente na mesma conversa de quatro anos atrás? Com esse último governo ele assinou seu atestado de incapacidade para administrar o que quer que seja. Em que a saúde pública evoluiu nesse período? E a segurança, melhorou? Qual a situação da Polícia Militar hoje nos municípios? E a Educação, o que foi aplicado de novo?Não precisamos ser especialistas para observar que algo não vai bem. Basta sentar por alguns minutos no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) para ver o que realmente acontece? E a peregrinação de quem precisa de um remédio de alto custo? Enfim, há uma lista de problemas que só se resolvem, na maioria dos casos, com boa vontade do servidor e agilização do sistema. O resto é jogar conversa fora, como vem fazendo os candidatos. Ainda bem que o horário eleitoral é gratuito, caso contrários seria mais uma conta para pagarmos.
Marcando presença
A campanha do candidato a deputado estadual, José Joaquim Raposo (PSL), definitivamente ganhou as ruas. Seu material publicitário está por toda a parte bem como a equipe de apoio. Raposo trabalha com a possibilidade de se eleger com cerca de 33 mil votos. E para reforçar o marketing de sua campanha, no próximo sábado, 11, o candidato estará percorrendo as ruas da região central de Limeira acompanhado do ator e candidato ao Senado, Moacir Franco (PSL). O passeio promete atrair muitos fãs do humorista, que ao contrário de sua profissão quer conduzir o seu trabalho com seriedade.

FALHAS
A revista Veja elegeu Rio Claro como sendo uma das vinte cidades onde o futuro já chegou. Um rio-clarense nato contestou e com toda a razão. Embora extremamente positiva, a reportagem sobre Rio Claro contém dois erros imperdoáveis para uma revista do padrão de “Veja”. O primeiro deles é afirmar que até 2000 a economia local dependia da indústria cerâmica, o que jamais aconteceu. Outra falha de apuração refere-se ao comentário de que, apesar do crescimento, a cidade continua pacata. Bastava consultar as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública para constatar que essa informação é totalmente infundada.

DEBATE
O comitê de campanha da candidata a deputado Constância Félix (PDT) reuniu esta semana 250 mulheres que debateram propostas relacionadas aos problemas que as mulheres enfrentam hoje é de que forma, através de políticas públicas, eles poderiam ser combatidos. Esse mesmo grupo declarou apoio à sua candidatura.

CORPO A CORPO
No último domingo (29/08) o candidato a deputado federal, César Cortez (PV) visitou feiras livres. Foi recebido com carinho e abraços pelas pessoas e ouviu atentamente relatos sobre as necessidades e problemas enfrentados. Cortez quer intensificar o corpo a corpo, porque considera essa forma mais verdadeira de se aproximar dos cidadãos e conhecer a verdade do que pode ser melhorado.

DESATENÇÃO
Muito oportuna a reportagem de Érica Samara na edição de hoje. Mas vale ressaltar que muitas vezes os agentes de trânsito estão presentes, porém, não se atentam ao serviço, deixando passar flagrante desrespeito às leis de trânsito. Como ocorreu esta semana, quando um caminhão fazia manobras absurdas em frente da Praça do Museu, enquanto dois agentes batiam papo na Praça Toledo Barros, a menos de um quarteirão do fato e bem de frente para o veículo. Eles não saíram do lugar.