segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O estrago do DEM

O escândalo que atingiu o DEM na última semana por conta do suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, em esquema de corrupção pode se expandir e causar estragos em outros Estados caso ele não seja expulso dos quadros do partido pela Executiva Nacional. A crise do DEM hoje já chega à cúpula do PMDB passando antes pelo PSDB de José Serra e Aécio Neves (MG) que vão precisar de grandes articulações para a campanha presidencial, considerando que o DEM é um de seus principais aliados, se não for o maior. A expulsão de Arruda hoje é a única saída para que o partido demonstre que ainda lhe resta alguma dignidade e também uma forma de conter a crise no DF. Na próxima quinta-feira, 10, os caciques paulistas da legenda se reunirão para definir o futuro de Arruda dentro do partido e o resultado desse encontro será crucial para definir o desempenho do DEM nas eleições de 2010. Não afastar Arruda é o mesmo que assinar um atestado de que concorda com os visíveis atos de corrupção e tornar o DEM alvo de mais um escândalo. E de toda essa situação vale ressaltar que os políticos caem em sua própria armadilha. Tem sido cada vez mais comuns denúncias envolvendo o pagamento de propinas a políticos através de gravações. São situações premeditadas e normalmente armadas por quem também tem seus interesses, como ocorreu em Brasília. O assessor sentiu-se traído e resolveu se vingar. Quem saiu ganhando com tudo isso foi a esquerda, em especial o PT e o PDT, que devem se beneficiar na Capital. Em resumo, o Democratas está vendo seu peso político cair em Brasília com reflexos para o resto do País. É inegável o estrago. As alianças firmadas antes do escândalo devem permanecer, mas as chances de um vice da legenda em uma chapa com o PSDB para a sucessão no Palácio do Planalto tem tudo para naufragar.

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