A Exploração da Homossexualidade

A exploração da homossexualidadeAinda não assisti a nenhum episódio da nova edição do Big Brother Brasil. Não que seja fã deste tipo de programa, ao contrário, prefiro seriados de ação, documentários e noticiários (isso é vício). Outro fator é que meu novo horário de trabalho na Gazeta como editora do jornal me impede de assistir a programação noturna da televisão. Mas acompanho as repercussões e nos últimos dois dias a homossexualidade ganhou espaço com direito até a beijo na boca. Na sequência aparece o governo demonstrando temor com a possibilidade de homofobia contra os três participantes que se declararam homossexuais, entre eles, uma mulher. Já não dá para mascarar a realidade e fingir que a homossexualidade não existe. Ora, a opção sexual é um direito de cada um assim como temos o direito de escolher nossos amigos, namorados, o que vamos comer, beber, estudar, enfim, temos livre arbítrio para tomarmos decisões todos os dias, mesmo porque, sejam quais forem, nós arcaremos com as consequências. Mas tornar pública essas preferências, principalmente sexual, é apelar em busca de audiência para um programa que já não trazia novidades e sofria com a queda no Ibope. Pelo que foi exibido até agora a Globo pretende explorar ao máximo a imagem dos homossexuais a começar pelo “selinho” dessa semana entre eles. Não que isso seja novidade, mas atrai atenção dos telespectadores, em especial daqueles menos esclarecidos. Mas a grande preocupação é que dependendo do enfoque e do comportamento deles diante das câmeras, o Brasil terá mais discriminação e preconceito do que esclarecimento e orientação. Se o governo está preocupado, tem todos os motivos para isso. O resultado dessa mistura explosiva, homossexualidade e BBB, pode ser crucial para definir que tipo de cultura a TV pode oferecer aos brasileiros. Por sinal, o debate em torno do papel da televisão é antigo mas pouco exercido e muito questionável. O próprio BBB é um exemplo de inutilidade com todo respeito para quem aprecia.